Seis pessoas são denunciadas por envolvimento na morte de professor no Paraná

 Seis pessoas são denunciadas por envolvimento na morte de professor no Paraná

(Foto: reprodução / RICtv)

O Ministério Público do Estado do Paraná (MPPR) apresentou denúncia contra seis pessoas suspeitas de envolvimento na morte do professor Fábio Amaral Calegari. Ele foi assassinado a tiros no dia 15 de março de 2024, no bairro Sítio Cercado, em Curitiba. Os denunciados são apontados como responsáveis por planejar, monitorar e executar o crime.

Investigação e motivações

De acordo com as investigações, o assassinato ocorreu após Fábio processar a empresa ARP Motors, pedindo verbas trabalhistas superiores a R$ 300 mil. A empresa pertence a Alan Ricardo Pereira, apontado como mandante do crime. A Polícia Civil acredita que, além da ação judicial, a vítima tinha conhecimento de possíveis irregularidades financeiras na empresa, o que teria motivado o crime.

Depoimentos e provas

Os depoimentos dos suspeitos foram cruciais para a denúncia. Alan Ricardo Pereira, interrogado pela Polícia Civil do Paraná (PCPR), optou por permanecer em silêncio. Depois, o advogado de Alan questionou diretamente se ele mandou matar o professor, e Alan negou. No entanto, as investigações indicam que ele foi o mentor do crime.

Dieke Chales Monteiro, também suspeito de planejar a execução, ficou em silêncio durante o depoimento. Erik Gustavo Farias Ritter e Genivaldo Ribeiro de Santana, apontados como os responsáveis por monitorar Fábio e realizar o assassinato, foram os primeiros a ser presos. Erik negou ser o atirador, enquanto Genivaldo confessou participação e atribuiu os disparos ao comparsa.

Dados extraídos do celular de Erik revelaram mensagens enviadas à esposa pouco após o crime, nas quais ele detalha a execução. Em uma das mensagens, Erik afirma que descarregou a arma, mas que o planejamento inicial era diparar apenas três vezes, com o objetivo de não parecer uma execução.

Isadora Maria Dargel da Silva, suspeita de fornecer suporte logístico aos executores, alegou que foi enganada por Fernandes Nogueira Barros, outro suspeito e ex-companheiro dela. Fernandes está foragido, e Isadora acredita que ele tenha fugido para o Paraguai.

Motivação do crime e novas revelações

Inicialmente, a motivação do crime foi associada a um suposto envolvimento de Fábio com a esposa de Dieke. Contudo, a hipótese foi descartada após a análise de provas. Uma foto enviada por Dieke a Erik no dia do crime chamou a atenção da polícia. A imagem de Fábio estava salva no celular como “Fábio Financeiro ARP”, reforçando a motivação trabalhista e financeira do assassinato.

Conforme a denúncia do Ministério Público, o planejamento do crime começou ainda em 2023. As autoridades identificaram contatos frequentes entre Alan Ricardo Pereira e Dieke Chales Monteiro nesse período.

Todos os envolvidos foram presos durante as investigações, exceto Fernandes Nogueira Barros, que permanece foragido e será colocado na lista da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). Isadora foi colocada em liberdade provisória. O caso segue aguardando o desenrolar do processo judicial.

Relembre como foi a morte do professor no Sítio Cercado

O professor Fábio Amaral Calegari foi morto com diversos disparos de arma de fogo no dia 15 de março de 2024, no bairro Sítio Cercado, em Curitiba. Ele estava de carro no semáforo, quando dois homens de moto se aproximaram e efetuaram diversos tiros.

Fábio tentou fugir, mas acabou batendo com o veículo contra o muro de uma creche. Ele não tinha histórico policial e as causas da morte serão investigadas pela Polícia Civil. 

Fonte: RICtv 

Redação DV Agora

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