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Após mortes de indígenas, MPF cobra providências para trechos perigosos da BR-277

O Ministério Público Federal (MPF) solicitou informações à EPR Litoral Pioneiro, concessionária responsável pela BR-277, sobre a implantação de medidas segurança no trecho da rodovia que passa ao lado da Terra Indígena Rio das Cobras. Desde abril de 2025, a empresa administra a rodovia.

A Terra Indígena Rio das Cobras está situada no coração do Paraná, nas proximidades do município de Nova Laranjeiras. De acordo com informações do Ministério da Saúde, nos últimos vinte anos, 91 indígenas morreram na rede de saúde de Nova Laranjeiras devido a acidentes de trânsito, sendo que 82 deles eram pedestres.

O Metrópoles esteve na região em abril e constatou problemas na rodovia como ausência de redutores de velocidade eletrônicos, de faixas de pedestres e de acostamentos que pudessem dar mais segurança aos indígenas. Também verificou deficiências na iluminação da BR-277.

Os moradores de Rio das Cobras colecionam histórias trágicas de parentes que morreram em acidentes de trânsito na rodovia. A estrada é usada para ligar o porto de Paranaguá à cidade de Foz do Iguaçu e o tráfego de caminhões de carga é intenso. Outro problema que intensifica o risco de acidentes é o consumo de álcool por parte dos indígenas. Quando escurece, é comum vê-los retornando de Nova Laranjeiras tropeçando devido aos efeitos do álcool.

Em nota, a EPR Litoral Pioneiro afirmou que está melhorando a segurança na estrada e realizando a identificação das comunidades indígenas e quilombolas próximas à estrada.

De 2000 a 2023, 1.993 indígenas morreram em acidentes de trânsito. As informações são do Ministério da Saúde e incluem atropelamentos, acidentes com bicicletas, motocicletas e automóveis. No período, os óbitos de indígenas relacionados à violência no trânsito superam o número de mortes por doenças virais (foram 910, entre elas raiva, dengue, sarampo) e doenças transmitidas por protozoários (419, com doenças como malária, leishmaniose e doença de chagas, entre outras).

Também chama a atenção o crescimento dos óbitos. De 2001 a 2010, foram 569 mortes; de 2011 a 2020, houve 951 óbitos – aumento de 67%. Nos últimos três anos, já foram registradas 386 mortes – 40% do total registrado na década passada.

Fonte: Metrópoles

Redação DV Agora

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