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Consumo de ovos no Brasil bate recorde histórico

Mesmo aparecendo como um dos vilões da inflação neste ano, o ovo nunca foi tão consumido no Brasil. Em 2025, o brasileiro deverá comer 288 ovos, 19 unidades a mais do que no ano passado. Em 2026, serão 306.

O aumento de 7% no consumo per capita este ano está colocando o Brasil, pela primeira vez, na lista dos dez maiores consumidores mundiais, segundo Ricardo Santin, presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal). Precisamente, o Brasil aparece na sétima posição em consumo per capita, empatado com a Rússia.

O aumento do consumo está diretamente ligado à maior busca por alimentos saudáveis — e, claro, à divulgação de pesquisas que passaram a classificar o ovo como tal, depois de também ter sido um vilão para a saúde no passado. Em dez anos, a expansão do consumo per capita é de 50%.

E ainda há espaço para mais crescimento, especialmente no café da manhã. “Nas férias consumimos ovo no café da manhã, mas quando voltamos para casa paramos de comer”, brincou Santin durante encontro com jornalistas nesta semana.

O setor produtivo está acompanhando o movimento. Neste ano, a produção brasileira de ovos deve crescer 7,5%, para 62 bilhões de unidades. Em 2026, deve continuar crescendo, atingindo 65 bilhões. “Os volumes estão crescendo porque o mercado está demandando”, disse Santin.

Exportações

Outro marco para o setor neste ano será o aumento das exportações. Pela primeira vez, o Brasil venderá ao exterior mais de 1% da sua produção — a estimativa da ABPA é de 40 mil unidades, mais que o dobro em relação aos 18,5 mil ovos exportados no ano passado.

A explosão nos embarques aconteceu por causa dos Estados Unidos, que enfrentaram um período de forte escassez (e de preços nas alturas) em meio aos efeitos da gripe aviária. De janeiro a julho, os norte-americanos responderam por 63% das exportações brasileiras.

Mas esse efeito não deve se repetir. A tarifa de 50% imposta aos produtos brasileiros pelo presidente americano, Donald Trump, inviabiliza as exportações. Segundo Santin, contratos de vendas para os Estados Unidos foram suspensos após o anúncio da tarifa.

“As empresas não estão embarcando porque decidiram aguardar os desdobramentos”, afirmou o presidente da ABPA. O setor trabalha, inclusive, para incluir os ovos na lista de exceções.

O impasse com os Estados Unidos, no entanto, não impedirá que o Brasil se consolide como um fornecedor global de ovos. “Vamos quebrar esse paradigma para sermos um exportador permanente. Temos empresas com perfil exportador”, disse Santin.

Ele citou o exemplo da JBS, que recentemente comprou 50% da Mantiqueira, a maior produtora do País, da Granja Faria, que está em expansão internacional, e da Naturovos, que já vem trabalhando nas exportações há mais tempo. Em 2026, a ABPA estima um crescimento de 12,5% para as exportações.

Fonte: InfoMoney

Redação DV Agora

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