De Porsche a BMW: PF apreende 30 carros de luxo, joias e relógios com suspeitos de fraude bilionária

 De Porsche a BMW: PF apreende 30 carros de luxo, joias e relógios com suspeitos de fraude bilionária

Foto: Márcio Silveira/EPTV

Sob escolta, os carros apreendidos foram levados ao longo do dia para o pátio da PF em Campinas e para um estacionamento alugado pela corporação. São utilitários esportivos e carros esportivos de marcas de luxo, como Porsche, Land Rover, BMW, Volvo e Mercedes-Benz.

Ainda de acordo com a PF, os agentes também apreenderam jóias, relógios e centenas de máquinas de cartão de crédito, além de documentos, celulares e computadores. Os itens devem passar por perícia e depois ficarão depositados em uma conta judicial.

Facções como clientes

Segundo a investigação, as empresas investigadas pela Polícia Federal de Campinas (SP) alvos da operação atuavam oferecendo contas para pessoas e empresas com bloqueios tributários e que não poderiam fazer transferências por contas tradicionais. De acordo com a PF, a suspeita é a de que a quadrilha tenha movimentado R$ 7,5 bilhões com o esquema.

“A investigação demonstrou que a organização criminosa, por meio de dois bancos digitais – denominados fintechs –, ofereciam abertamente, inclusive, em sites da rede mundial de computadores, contas clandestinas, que permitiam transações financeiras dentro do sistema bancário oficial, de forma oculta, as quais foram utilizadas por facções criminosas, empresas com dívidas trabalhistas, tributárias e toda sorte de fins ilícitos”, disse a PF.

O que são as fintechs (bancos digitais) alvos da investigação?

Normalmente, fintechs são empresas que atuam no mercado financeiro por meio do uso intensivo da tecnologia e com a proposta de inovar. Elas são consideradas instituições de pagamento e atuam, principalmente, com a oferta de maquininhas de cartão de débito e crédito.

Quem eram os clientes das fintechs investigadas?

Segundo a Polícia Federal, os clientes das duas empresas eram “sonegadores contumazes”, com altas dívidas e até bloqueio tributários, e que usavam as fintechs para fraudar a execução fiscal.

Isso porque, com o esquema, essas pessoas conseguiam movimentar valores sem serem notadas pelo Sistema Financeiro Nacional.

Ainda de acordo com as investigações, entre os contribuintes que usavam a conta digital, está uma pessoa com R$ 254 milhões em débitos inscritos em dívida ativa da União.

Fonte: G1

Redação DV Agora

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