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Empresário é advertido por juíza após morte de gari e tumulto judicial

A juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza, do Tribunal do Júri – 1º Sumariante da Comarca de Belo Horizonte (MG), determinou que o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, 47 anos, acusado de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, escolha em definitivo quem será seu advogado de defesa.

A decisão foi tomada após sucessivas trocas de advogados, com diversas juntadas de procurações e termos de revogação de mandato, o que, segundo a magistrada, tem causado “tumulto processual”.

No despacho, a juíza ordena que o réu “informe expressamente quem é o advogado que o representará” e que a situação seja resolvida “em caráter de urgência”, para que a ação penal possa ter prosseguimento regular.

Entenda o caso:

Ao trocar pela 3ª vez de advogado, em 25 de agosto, Renê escreveu uma carta falando da mudança. No texto, ele também afirma que o crime “foi um acidente”.
Atualmente preso na Penitenciária de Caeté, na região metropolitana de Belo Horizonte, o empresário diz que houve um “mal-entendido” com a contratação.

A petição de mudança de defesa foi protocolada no processo virtual no sábado (23/8).
O criminalista Bruno Rodrigues foi nomeado como novo advogado após Renê revogar a procuração anteriormente dada a Dracon Cavalcanti Lima.

No entanto, durante uma visita ao presídio, Dracon afirmou que Renê não solicitou oficialmente a retirada de sua atuação.

Também deve ser avaliado a possibilidade de reintegração de Dracon à defesa.

Medicação para bipolaridade

Segundo o empresário, ele achava que responderia, no máximo, por porte ilegal de arma, já que a pistola pertencia à esposa — a delegada da Polícia Civil Ana Paula Lamego Balbino Nogueira — e teria sido levada sem o conhecimento dela.

Durante o trajeto para o trabalho, o empresário disse ter se perdido, entrando em um beco sem saída. Populares o orientaram a retornar, e foi nesse momento que ele retirou a arma da mochila e a posicionou debaixo da perna, chegando a manipulá-la.

Detalhes do depoimento:

Renê contou que havia começado em um novo emprego em Betim há apenas uma semana.

Por medo do trajeto desconhecido e considerado perigoso, decidiu pegar escondido a arma da esposa e guardá-la em sua mochila.

Alegou que era a primeira vez que tocava no armamento particular, já que a esposa o proibia de ter acesso a armas.

De acordo com ele, a pistola usada no crime não era a arma funcional da delegada, que fica guardada em uma caixa específica com o nome da servidora.

Durante o trajeto ao trabalho, o empresário disse ter se perdido, entrando em um beco sem saída.

Populares o orientaram a retornar, e foi nesse momento que ele retirou a arma da mochila e a posicionou debaixo da perna, chegando a manipulá-la.

“Achei que não tinha atingido ninguém”

Renê afirmou à polícia que não percebeu que havia acertado o disparo. Após tentar recuperar uma munição que caiu na rua e não conseguir, ele entrou novamente no carro e seguiu viagem até o trabalho. Disse que, se soubesse que alguém havia sido ferido, teria parado para prestar socorro.

O empresário também declarou que estava muito ansioso com o novo emprego e que, por conta disso, esqueceu-se de tomar sua medicação para bipolaridade naquele dia. Apesar de não lembrar o nome do remédio, explicou que ele serve para estabilização do humor, ou, como descreveu, para “equilibrar a cabeça”.

Fonte: Metrópoles

Redação DV Agora

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