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Justiça condena médica a 11 anos por tentar matar o ex-companheiro

O Tribunal do Júri de Jaraguá do Sul condenou, na noite de quinta-feira (9), a médica Lenise Fernandes Sampaio Cruz a 11 anos, 1 mês e 10 dias de prisão por tentativa de homicídio qualificado contra o ex-companheiro. O julgamento durou mais de 12 horas. A pena deverá ser cumprida em regime inicial fechado.

Segundo a sentença, Lenise atirou três vezes contra o ex, um policial residente em Campo Grande (MS), durante o Dia dos Pais de 2024. O crime ocorreu dentro do apartamento onde o homem passaria o fim de semana com o filho do casal, de 8 anos.

Crime premeditado

De acordo com a investigação, a médica invadiu o imóvel antes da chegada do ex-companheiro e permaneceu escondida dentro de um armário por cerca de uma hora. Quando o homem entrou, ela atirou três vezes. A vítima sobreviveu, ficou internada e atualmente tem a guarda da criança.

Imagens de câmeras de segurança mostraram Lenise usando ferramentas para violar a fechadura e entrar no apartamento. A arma do crime, uma pistola registrada em nome da médica, foi apreendida. Lenise possui certificado CAC (Colecionadora, Atiradora e Caçadora).

Planejamento e motivação

O delegado Caleu Henrique Gomes de Mello, responsável pelo caso, afirmou que o crime foi premeditado. Conforme a Polícia Civil, a médica chegou a alugar outro apartamento no mesmo prédio no dia da tentativa, de onde teria acompanhado a movimentação do ex antes de agir.

As investigações apontaram ainda que havia uma medida protetiva vigente, que impedia contato entre os dois. Lenise alegou legítima defesa, versão descartada pelos investigadores.

Segundo o delegado, o policial havia conseguido a guarda provisória do filho por decisão judicial na sexta-feira anterior (10) e pretendia devolvê-lo na segunda-feira (12), o que teria motivado a ação da médica.

Conflito familiar e impacto à criança

A Polícia Civil também constatou que o relacionamento entre os dois era marcado por disputas judiciais pela guarda. Lenise teria impedido o contato do pai com o filho em outras ocasiões, descumprindo decisões da Justiça.

Durante o crime, o menino ouviu os disparos e chegou a presenciar parte da cena, conforme o relatório policial.

A defesa da médica não havia se manifestado até a última atualização do caso.

Fonte: Jornal Razão 

Redação DV Agora

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