A Justiça revogou a prisão temporária de Marcos Vagner de Souza, suspeito de envolvimento no desaparecimento da adolescente Isis Victoria Mizerski, de 17 anos, em Tibagi, nos Campos Gerais do Paraná.
A Polícia Civil afirma que Isis está grávida e sumiu no dia 6 de junho após se encontrar com Marcos, apontado como pai do bebê que ela está esperando. O vigilante foi preso no dia 17 de junho.
Marcos está detido na Cadeia Pública de Ponta Grossa e será liberado do local após a expedição do alvará de soltura. Segundo o advogado dele, Renato Tauille, o documento deve sair nas próximas horas.
O Ministério Público se manifestou contra, pedindo que ele continuasse preso “para garantia do bom andamento das investigações”.
Na decisão, o magistrado afirma que “não se encontram mais presentes os requisitos que autorizaram a prisão temporária”, lembrando que a prisão foi prorrogada a pedido da Polícia Civil sob fundamento da “imprescindibilidade para as investigações” e a consequente elucidação do crime.
No documento, o juiz cita que a prisão temporária é decretada durante a fase preliminar de investigações, para garantir um bom andamento das investigações, e justifica a revogação da prisão afirmando que as diligências feitas pela polícia “indicam eventual conclusão das investigações, que de fato ocorreu pela juntada do relatório da autoridade policial há pouco”.4
O pedido de revogação da prisão de Marcos foi feito pela defesa do homem.
Na decisão do juiz, ele cita que entre os argumentos dos advogados estão que a prisão do vigilante “em nada alterou” o andamento do inquérito, citando que diversas testemunhas já foram ouvidas e diversas câmeras de segurança já foram coletadas.
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Segundo o documento, a defesa também ressaltou no pedido que o laudo da perícia sobre os vestígios coletados no carro de Marcas é inconclusivo, e alegou que não há provas que liguem diretamente Marcos a algum crime relacionado ao desaparecimento da adolescente.
“Por fim, menciona que colocado em liberdade, [Marcos] irá residir em Francisco Beltrão, juntamente com sua genitora, fato que lhe deixará longe de toda e qualquer investigação”, afirma o juiz Spanier.
A Polícia Civil divulgou no final de julho que acredita que Isis está morta e que Marcos Vagner de Souza a assassinou e ocultou o corpo dela.
As informações foram confirmadas pela assessoria da corporação, que afirmou que o homem deveria responder por homicídio e ocultação de cadáver.
Entre os fatos que levantaram suspeitas na polícia, estão que dois dias antes do desaparecimento da adolescente Marcos foi a uma farmácia onde, segundo uma testemunha, pediu um remédio abortivo.
No dia do desaparecimento, o homem foi filmado na região onde Isis enviou a própria localização à mãe antes de sumir e, de acordo com a polícia, imagens de câmeras de segurança apontam “imprecisões” em trechos do depoimento dele.
Fonte: G1
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