O que explica a retenção de fumaça nos céus paranaenses?

Um tipo de fumaça pairou os céus de diversas cidades paranaenses nos últimos dias. O fenômeno pôde ser observado em Cascavel, por exemplo, no último fim de semana. Nesta terça-feira (20), o fenômeno chegou na região de Ponta Grossa e dos Campos Gerais. Mas afinal, o que está acontecendo?

O fenômeno é chamado de “névoa seca”, de acordo com o Simepar. Neste momento, ele acontece por conta de fumaças de queimadas que são transportadas por meio de correntes de ventos que seguem em direção ao estado do Paraná, vindas do Norte do Brasil. A origem desta fumaça está principalmente em dois lugares: na Amazônia e no Pantanal.

As épocas de queimadas são cíclicas e naturais e acontecem nos biomas de tempos em tempos. No entanto, as queimadas estão se agravando e acontecendo em períodos maiores, por conta do agravamento das condições climáticas em um contexto de aquecimento global. Com uma maior incidência de queimadas, maiores são os volumes de fumaça transportados.

Além disso, a massa de ar quente e seco que atua sobre o Paraná há alguns dias, e que trouxe dias de altas temperaturas e de baixa umidade relativa do ar, é a responsável por reter as partículas de diversos materiais presentes na atmosfera, o que resulta na impressão de que a fumaça está presente nos céus das cidades paranaenses.

As queimadas não acontecem nas regiões da Amazônia e do Pantanal: todo o Paraná está sob risco “muito alto” de ocorrência de incêndios florestais, conforme o mapa a seguir.

É recomendado que os paranaenses redobrem os cuidados nos dias de muito calor e baixa umidade. Evitar o sol nos períodos de maior incidência e beber quantidades maiores de água são as recomendações básicas para se manter saudável neste período.

Fonte: Catve