Foto: Reprodução/ Redes sociais
O pastor Davi Nicoletti, da Igreja Recomeçar, e a esposa dele, a pastora Cris Nicoletti, são acusados de negarem auxílio médico à ex-empregada doméstica deles em Foz do Iguaçu (PR). Segundo a denúncia, a mulher escorregou em 9 de janeiro deste ano na água que caía do ar condicionado durante o expediente, atingindo o joelho esquerdo, o que causou uma fratura na patela, e o cotovelo direito. O casal a levou à casa da irmã em vez do hospital.
Com 72 mil seguidores no Instagram, o pastor Nicoletti tornou-se alvo de críticas nas redes sociais após dizer, no fim do mês passado, que “odeia pobre” e que “dar esmola é patrocinar a escravidão”. “Eu odeio pobre. E eu vou dizer que Jesus nunca foi pobre. E se te falaram isso, mentiram. Porque o pobre não é só pobre financeiramente, ele é vítima de alguém que o fez ficar pobre. Ele sempre entende que o mundo deve para ele, e a culpa é de quem tem mais”, declarou. A Igreja Recomeçar surgiu em 2011.
“Ao invés de dar esmola, traz a pessoa para imersão [na igreja] por três dias aqui, você vai ver a mudança da vida dela. Todo ladrão tem discurso de ajudar, só que não é só o ‘nove dedos’ não. Tem um monte de cristão ladrão dentro da igreja que rouba o altar e critica a corrupção”, prosseguiu o líder evangélico.
A coluna revelou nesta quinta-feira (17/7) que o pastor também é alvo de inquérito da Polícia Civil de São Paulo (PCSP) por supostamente usar a igreja para lavar dinheiro de esquema de pirâmide financeira envolvendo criptomoedas. Em um ano só, a conta bancária dela igreja recebeu mais de R$ 4 milhões do grupo, aponta relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Ele nega irregulidades e diz que a investigação será arquivada.
Já em relação ao processo trabalhista, o casal não registrou o emprego da ex-funcionária na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), contratando-a informalmente. De acordo com a defesa dela, o pastor e a esposa se aproveitaram da condição de imigrante da mulher (ela é paraguaia) e lhe pagavam R$ 1,5 mil por mês, abaixo do salário-base de R$ 2.057,59. A jornada incluiria 14 horas diárias, de segunda-feira à sexta-feira, das 6h às 20h.
No processo, obtido pela coluna, a mulher pediu o reconhecimento do vínculo empregatício desde 9 de janeiro de 2025, o saldo salarial, as horas extras, o adicional noturno, as verbas rescisórias e uma indenização por danos morais, entre outros valores. O total alcançou R$ 69.836,41.
A ação, no entanto, terminou em 9 de maio deste ano com um acordo trabalhista extrajudicial de R$ 14 mil como indenização por danos morais no Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-9). O pagamento do montante foi dividido em duas parcelas iguais de R$ 7 mil e não houve o reconhecimento do vínculo empregatício – portanto, não há, por exemplo, contribuição previdenciária.
O processo apresenta registros hospitalares que detalham o tratamento de emergência e a cirurgia devido à fratura na patela, também conhecida como rótula, em 16 de janeiro. A mulher fez exames de raio-x (cotovelo, joelho e tórax) e ficou internada de 9 a 17 de janeiro em razão da queda. Os ex-patrões não custearam os cuidados médicos, segundo a ação.
A ação foi ajuizada no dia 23 de janeiro, após a irmã da vítima denunciar as supostas irregularidades e o acidente ao Ministério Público do Trabalho (MPT). A ex-empregada doméstica ajuizou uma reclamação trabalhista em 18 de fevereiro. O caso transitou em julgado em 13 de maio, ou seja, não cabe mais recurso.
O que diz o pastor sobre o acordo
À coluna, o pastor Nicoletti disse que o acordo seguiu o devido processo legal.
“Foi celebrado acordo judicial entre as partes, com a devida homologação pela Justiça do Trabalho. A ex-funcionária teve todos os seus direitos integralmente assegurados, conforme os parâmetros legais. O episódio foi tratado com responsabilidade, dentro do que prevê o ordenamento jurídico, não restando pendente qualquer obrigação de natureza trabalhista ou indenizatória”, informou, em nota.
Foto: Metrópoles
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