Categories: Notícias Gerais

Polícia prende sete suspeitos pela morte de motorista confundido com alvo no Paraná

A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (2), sete suspeitos de envolvimento no assassinato do motorista de ônibus Everton Henrique dos Santos, de 35 anos, morto a tiros enquanto dormia ao lado da esposa e da filha bebê.

Entre os detidos, está o advogado José Maurício Barros Junior – que, segundo as investigações, usou as prerrogativas da profissão para acessar sistemas judiciais restritos e rastrear o endereço de um desafeto de seus clientes, que era verdadeiro alvo dos assassinos. No entanto, ele passou o endereço errado aos criminosos e o pai de família foi morto por engano, explica o delegado Gabriel Munhoz.

“Este investigado consultou processos de execução penal e dados de monitoramento eletrônico para localizar a residência do alvo. Contudo, ao repassar a informação aos executores, indicou o número predial incorreto. O erro na identificação do imóvel levou os criminosos a invadirem a casa errada, resultando na morte de um trabalhador que não tinha nenhuma relação com os fatos ou com o submundo do crime”, diz.

O crime aconteceu na madrugada de 1º de setembro de 2024 em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, quando dois homens armados invadiram a casa da família e mataram Everton no local. A mulher e a criança não se feriram. Relembre detalhes mais abaixo.

Cinco suspeitos foram detidos em Ponta Grossa e outros dois no litoral de Santa Catarina – um em Barra Velha e outro em Imbituba. A operação policial também cumpriu seis mandados de busca e apreensão nos endereços dos alvos.

“A operação tem como objetivo desarticular toda a cadeia criminosa envolvida no delito, visando prender desde os executores diretos e articuladores do plano, até os investigados responsáveis por fornecer os armamentos utilizados na execução. Além dos alvos desta ação, as investigações apontaram que outros dois suspeitos de participação no crime já estão mortos”, explica o delegado Gabriel Munhoz.

Em nota, Renato Tauille, advogado de José Maurício Barros Junior, disse que até a última atualização desta reportagem ainda não tinha tido acesso aos elementos de prova colhidos na investigação, e que buscará o acesso na audiência de custódia, “a fim de que os diretos do investigado sejam respeitados”.

Vítima era inocente

De acordo com o delegado Gabriel Munhoz, durante a investigação ficou evidente que Everton Henrique dos Santos não tinha envolvimento em nenhum crime, enquanto que um dos vizinhos dele, o verdadeiro alvo dos criminosos, atuava no tráfico de drogas.

“O Everton era trabalhador, um pai de família acabou sendo morto por engano dentro da sua própria casa, na frente da esposa e filha. […] O alvo desses assassinos, na verdade, seria esse indivíduo que reside na mesma rua. Ou seja, os criminosos, esses assassinos, adentraram na residência errada, acabaram executando a vítima errada e causando essa tragédia na família da vítima”, destaca o delegado.

O policial também afirma que o verdadeiro alvo do crime está vivo e foi preso dias depois do crime contra a vítima inocente. O nome dele não foi divulgado.

Relembre o crime

O caso aconteceu no início da madrugada do domingo do dia 1º de setembro, na Rua José Roberto Schibelski, Bairro Neves.

Na época, o delegado Luiz Gustavo Timossi explicou que testemunhas relataram que dois homens armados chegaram na residência atirando. Um deles iniciou os disparos ainda na parte de fora e outro entrou na casa pelos fundos e matou a vítima.

Na sequência, explica o delegado Gabriel Munhoz, a dupla entrou em um carro onde estavam outro homem e fugiram do local.

Everton foi atingido por seis disparos e morreu no local. As munições foram identificadas como sendo de pistolas de 9 mm e 380 mm. Ele era conhecido como “Fofo” e trabalhava como motorista de ônibus em uma empresa de transporte metropolitano e fretado.

“A brutalidade da ação chocou a comunidade, especialmente após a confirmação de que a vítima era uma pessoa de bem, trabalhadora e sem qualquer passagem pela polícia ou envolvimento com atividades ilícitas”, lembra Munhoz.

Fonte: G1

Redação DV Agora

Recent Posts

Migrante sírio é morto e carro incendiado; adolescente é apreendido no Paraná

Um adolescente de 16 anos foi apreendido nesta segunda-feira (1) suspeito de matar o migrante…

2 horas ago

Saúde intensifica campanha do Dezembro Laranja e orienta sobre risco do câncer de pele

Com o verão se aproximando e mais exposição ao sol, a Secretaria de Estado da…

2 horas ago

Operação do BPRv na PR-182 resulta na prisão de três homens em Realeza

Três homens foram presos na noite de segunda-feira (1º) durante uma operação do Batalhão de…

3 horas ago

Quadrilha que desviava carga milionária de remédios contra o câncer é presa pela PCPR

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu cinco pessoas durante uma operação na manhã desta…

4 horas ago

Desconto de 6% é mantido no pagamento à vista e IPVA 2026 pode ter queda de até metade no valor

A redução de 45,7% no valor da alíquota não será a única economia que os…

6 horas ago

Blitz policial em Ampére termina com prisão de mulher em veículo furtado

Nesta segunda-feira (1º de dezembro), a Polícia Militar do Paraná, por meio do Batalhão de…

7 horas ago