Foto: Fábio Dias/ PCPR
O repórter de Maringá, no noroeste do Paraná, passou a ser investigado após a apreensão de um celular de um membro de uma organização criminosa. No aparelho, os agentes da Polícia Civil do Paraná (PCPR) localizaram trocas de mensagens entre o profissional da imprensa e um membro de um grupo suspeito de envolvimento em tráfico de drogas e homicídios.
A análise do celular apreendido revelou que o repórter, utilizando o acesso proporcionado pela sua profissão, repassava informações confidenciais sobre apreensões de drogas, homicídios, autores e vítimas dos crimes, além das linhas de investigação policial. Ele também fornecia informações sobre a localização de equipes de segurança e divulgava detalhes de operações policiais antes de sua execução, comprometendo potencialmente o sucesso dessas ações.
As investigações mostraram que o repórter alertava os criminosos sobre a atuação policial e fornecia detalhes precisos de operações em andamento e futuras. Em uma das conversas interceptadas, ele avisou um dos líderes da organização sobre uma operação iminente: “Recebi uma informação agora, tô indo para o local. Diz que balearam um cara na Mandacaru agora, em frente do Kennedy”.
Além disso, o repórter enviava fotos dos locais de crimes e das vítimas para os integrantes da organização criminosa, permitindo que eles tomassem medidas para evitar a captura e frustrar as investigações. Em outra mensagem, ele descreveu o local de uma apreensão de drogas e as movimentações da polícia em tempo real: “Essa carreta tava lá estacionada no G10, ali na Morangueira. Ele pegou essa droga em Foz do Iguaçu e ia levar para Minas Gerais”.
Um dos trechos mais incriminadores das conversas revelou a gravidade da ligação entre o repórter e os criminosos. O repórter não apenas fornecia informações, mas também incentivava atos violentos. Em uma mensagem, ele disse: “Hoje foram para matar ele e erraram os tiros. Inclusive, deram uma recompensa de R$ 5.000 se alguém matasse ele”. Em outra ocasião, ele mencionou: “Então menino, tinha que ter feito ele né. Para a gente filmar ele no chão”, demonstrando claramente que ele incentivava o homicídio, reforçando a gravidade de sua colaboração com a organização criminosa.
Em outra conversa significativa, o repórter avisou sobre uma operação policial iminente: “Recebi uma nova informação aqui, parece que tem duas situações, parece que tem um suicídio, mas parece que teve um cara que foi alvejado com tiros ali, parece que é homicídio”. Esse tipo de informação permitia que os criminosos se preparassem ou evitassem a captura.
Com base nas evidências coletadas, o repórter será indiciado pelo crime de integrar organização criminosa, conforme o artigo 2º da Lei 12.850/2013.
Fonte: RIC
O amanhecer de terça-feira (14) foi de pavor para um casal morador do bairro Bucarein,…
Mesmo diante a situação de risco, moradores agiram rápido para tentar salvar as vidas que…
O corpo de um homem foi localizado nas águas do Rio do Peixe, na noite…
Uma jovem de 18 anos foi presa por matar o próprio filho recém-nascido e ocultar…
Edson Tomalacki, morador de Francisco Beltrão, estava desaparecido desde a tarde de domingo. Ele foi…
Duas meninas, de 11 e 16 anos, foram sequestradas enquanto tentavam comprar picolés no Dia…