Suspeito vai à polícia por roubo de canetas emagrecedoras e acaba detido por contrabando
Foto: GCM Maringá
Um homem foi preso em Maringá, no norte do Paraná, por ter comprado canetas emagrecedoras sem receita médica – documento exigido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A prisão aconteceu após ele denunciar o desaparecimento do medicamento. A identidade do suspeito não foi divulgada.
O caso foi registrado nesta terça-feira (22). A Guarda Civil Municipal (GCM) informou que foi acionada pelo gerente do hotel onde o homem estava hospedado.
O funcionário relatou aos guardas que o hóspede estava acusando a equipe do hotel de furtar as canetas de dentro da bolsa que ele carregava. A versão foi confirmada pelo suspeito, que relatou ter comprado 94 unidades do medicamento no Paraguai, e que havia encontrado apenas 16.
Em seguida, os agentes perguntaram ao suspeito se ele possuía a prescrição médica exigida para a compra e transporte do produto injetável. Entretanto, conforme o relatório, ele não apresentou a documentação.
O homem recebeu voz de prisão e foi encaminhado à delegacia da Polícia Federal de Maringá, onde o caso será apurado. Os medicamentos foram apreendidos.
No relatório da GCM, não foram divulgados indícios de que houve furto no hotel.
Canetas emagrecedoras
As canetas injetáveis funcionam por meio da ativação dos receptores GLP-1 e GIP, hormônios liberados naturalmente pelo intestino após as refeições.
Embora originalmente indicadas para tratamento de diabetes, as substâncias têm sido amplamente usadas para emagrecimento.
Em abril deste ano, a Anvisa aprovou um controle mais rigoroso para a prescrição e venda desses medicamentos. A nova regra determina que a prescrição deve ser feita em duas vias, com retenção da receita pelas farmácias e validade de até 90 dias.
A Receita Federal reforça que a entrada de medicamentos de forma irregular no Brasil configura crime de descaminho e pode resultar em apreensão, multa e responsabilização penal dos envolvidos.
Fonte: G1