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Vítimas denunciam ex-gestor da TCB por abusos, desde apalpadas até controle contraceptivo

O ex-presidente da Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB) Chancerley de Melo Santana, que tornou-se réu por estupro de vulnerável e violências doméstica e familiar contra duas irmãs e pediu exoneração do cargo nessa segunda-feira (5/5), teria praticado os crimes entre 2019 e 2024.

O processo, que corre em segredo de Justiça por envolver menores de idade, detalha que o homem praticou, em várias ocasiões e mediante grave ameaça, “conjunção carnal e outros atos libidinosos diversos”.

Segundo a vítima mais velha, os abusos teriam começado quando ela tinha 14 anos e duraram até ela completar 19. Ela ainda sofreu cárcere privado e violência psicológica.

Como revelou o Metrópoles, em fevereiro do ano passado, a 4ª Delegacia de Polícia (Guará) instaurou inquérito policial para apurar as queixas contra Chancerley.

A investigação descreve que as vítimas fizeram o registro de ocorrência após sofrerem estupro.

A calça e a calcinha de uma delas foram recolhidas por conterem vestígios de material genético do suposto agressor.

Chancerley, que é pastor e atuava no Conselho de Pastores Evangélicos do DF (Copev), também foi denunciado por violência psicológica por supostamente prejudicar as vítimas e “perturbar seu pleno desenvolvimento”.

Em abril último, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) aceitou a denúncia contra Chancerley de Melo.

A Promotoria ainda requereu fixação de indenização por danos morais, no valor de R$ 30 mil, para cada uma das vítimas.

Os relatos das vítimas

A vítima relatou que por diversas vezes, quando os abusos começaram, ela tentava se esquivar e desvencilhar do agressor.

Durante as agressões sexuais, Chancerley sugeria que o ato seria “rapidinho” e utilizava nomes fictícios para ele mesmo e para a vítima, bem como pedia para a adolescente fingir que ele era outra pessoa e dizia para ela “tentar gozar e fingir que ele era um artista que ela gostasse”.

Em outro episódio, ele custeou a inserção de contraceptivo subcutâneo na adolescente e afirmava que, caso a vítima contasse sobre os abusos, ele iria “destruir a vida de todos”. Ele também dizia que, “se ela contasse, ninguém acreditaria, pois era ‘coisa da cabeça dela’”.

A mais nova também detalhou como ocorriam as agressões sexuais.

Por ser próximo à família e com acesso à casa, Chancerley esperava todos saírem para agarrá-la por trás quando ela estava lavando louça. Em outra ocasião, relata ter sido arrastada à força para o banheiro. A menor ainda narrou, em depoimento, que o ex-presidente da TCB tinha o hábito de apalpar seus seios quando a jovem estava distraída.

Procurada pela reportagem, a defesa de Chancerley disse que não pode se manifestar, pois o processo tramita em sigilo.

Fonte: Metrópoles 

Redação DV Agora

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